O Ogham (se pronuncia "Ouam") é uma escrita "simbólica" e sagrada que serve como fonte de divinação, usado como correspondência alfabética pelos Druidas (isso com menos frequência, pois além de não ser tão prática como escrita, existem poucas evidências neste sentido) e/ou como signos, pois cada Árvore das Fedha (plural de Fid = nome dado à peça do Ogham, por exemplo: uma Fid, duas Fedha...), que corresponde a uma determinada data (dia/mês), sequencialmente, distribuídas.
Geralmente, feitas de troncos medianos cortados de Árvores ou em Pedras e hoje adaptadas como cartas iguais a do Tarot. O nome Ogham provém do Deus Ogmios ou Ogma (protetor da eloquência e do conhecimento), vencedor dos Tuatha de Dannan (o povo da Deusa Celta Danú, também, conhecida como Dana).
Acredita-se que o nome pode ter sido elaborado a partir da palavra "Mago" (ogam ao contrário), que corresponde à terceira letra do alfabeto grego e que invertido se converte em "Mag", palavra utilizada pelos iranianos para designar seus próprios sábios.
Esta palavra evoca àqueles que possuem o conhecimento do Fogo e está relacionada com o poder do som, isto se relaciona com o fato do Druidismo ter sido, a princípio, uma tradição passada aos seus descendentes oralmente, pois os Celtas acreditavam que era melhor "viver na morte do que morrer em vida", ou seja, conhecimento escrito era tido como palavra morta, tal como nas lápides dos cemitérios, por exemplo.
Para os Druidas a tradição oral realça a fidelidade para com a tradição universal, o poder da palavra, do verbo criador e das evocações mágicas. Eles, também, acreditavam que o conhecimento seria mais bem enraizado, se passado "artisticamente".
Isso faz muito sentido, se levarmos em consideração que recordamos com muito mais facilidade da letra de uma música que se escutou há muito tempo ou de uma poesia recitada por alguém, do que o que foi lido em algum livro. A mente absorve com mais facilidade o conhecimento através destes meios. Seria isto uma herança de nossos antepassados Druidas, remanescentes em nosso "DNA ancestral"?
A ciência esotérica nos ensina que cada som produzido no mundo visível, desperta um som correspondente nas esferas invisíveis e põe em ação, uma força no lado oculto da Natureza.
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